A Índia planeja lançar uma sonda espacial que irá orbitar Marte, confirmou o primeiro-ministro, Manmohan Singh, na quarta-feira (15/08), depois de relatos da imprensa de que a missão estava prevista para começar no próximo ano.
O projeto representa mais um passo no ambicioso programa espacial do país, que colocou uma sonda na Lua há três anos e prevê a sua primeira missão tripulada em 2016.
"A nossa nave vai chegar perto de Marte e coletar informações científicas importantes", disse Singh em seu discurso anual do Dia da Independência, anunciando o plano como "um grande passo para nós na área da ciência e tecnologia".
A Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO) deve lançar a sonda não tripulada já em novembro do próximo ano, de acordo com a Press Trust of India, a agência de notícias.
De acordo com um oficial ISRO, o custo da missão foi estimado entre 4 e 5 bilhões de rúpias ($ 70-90 milhões de dólares).
A Índia tem um programa espacial bem estabelecido, que é uma fonte de orgulho nacional forte, mas também atraiu críticas devido a dificuldade que o governo enfrenta para combater a pobreza e má nutrição infantil.
Blecautes em dois dias consecutivos neste mês deixaram sem eletricidade vastas áreas do país e sublinhou deficiências na infra-estrutura básica da Índia.
"Mais atenção deve ser dada aos pobres em questões como saúde, água potável e alfabetização", Bindeshwar Pathak, fundador do Sulabh saneamento caridade e um dos mais notáveis ativistas da Índia de bem-estar, à AFP.
"Indo para o espaço pode ter alguns benefícios científicos, mas sozinho ele não vai ajudar a condição dos pobres da Índia."
Em setembro de 2009, a sonda lunar Chandrayaan-1 da Índia descobriu água na Lua, aumentando a credibilidade do país entre os mais experientes na exploração espacial.
Mas o programa espacial sofreu um revés em dezembro de 2010, quando um veículo lançador de satélites explodiu e caiu na Baía de Bengala, após desviar de sua trajetória de voo.
Os Estados Unidos, Rússia, Europa, Japão e China têm enviado missões a Marte.
O robô Curiosity da NASA está atualmente na superfície do "planeta vermelho" após o pouso na semana passada para caçar no solo sinais de vida e enviar dados para uma futura missão humana.
A Curiosity é um veículo movido a energia nuclear, que é projetado para uma missão de dois anos, embora os cientistas esperarem que dure pelo menos duas vezes mais.
Fonte: Spacedaily
Comentário: Para alertar o leitor em 1980 o Brasil e Índia estavam no mesmo grau de desenvolvimento tecnológico espacial. Passados 30 anos estamos no mesmo lugar ou talvez até regredimos e eles estão avançando cada vez mais! De quem é a culpa? Uma coisa é certa os políticos brasileiros nem a sociedade dá valor a esse importante setor que é área espacial, não só pela ciência e sim os outros benefícios indiretos que ela traz como o desenvolvimento militar e tecnologia do país, além de estabelecer a soberania do país nesses setores.
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